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Andava eu a gozar esta semana de férias (lol), a passear pelas lojas (só a ver, ainda não recebi o folar para me dar ao luxo de poder passar do “ver” para o acto de comprar), de loja em loja. Parando nas livrarias para decidir o que vou adquirir a seguir, se bem que a minha lista de milhentos livros que tenho para ler ainda só tenha atenuado em dois! (Eu vou lá, devagarinho mas vou). Há uns tantos que vou deixar para as férias do verão. Sim, porque ainda me sinto na imposição de passar as férias no verão numa praia com os papás. Não que seja obrigada, mas a chantagem emocional a que me vejo sujeita não me deixa dizer que não aos pedidos da mãe. Assim, preciso de algo para manter a minha sanidade mental em bom estado. Correcção, mantê-la num estado normal. Acho que nunca esteve bem, ou pelo menos não me lembro. Continuando o passeio, entro numa loja de uma conhecidíssima marca de roupa cof zara cof, vejo uma carteira “ginorme”. Aquilo era o ideal para tudo e para nada! Depois de uma observação mais esmiuçada, cheguei à conclusão que aquela era a mala ideal! Tinha bolsos para tudo! Um bolso para o telemóvel, um para as chaves, um para a carteira (uma carteira dentro de uma carteira dentro de uma carteira… women are not complicated at all!), um bolso grande para o material (esquadros, canetas e bloco) e finalmente um bolsinho onde poderia meter os meus problemas! Estava eu a descrever estas características em voz alta para o meu companheiro de compras, quando paro e penso no que acabei de dizer. Um bolsinho pequenino para os problemas… Desde quando é que eu seria capaz de enfiar os meus problemas todos dentro de um bolsinho? Ao ponderar melhor esta questão, cheguei à conclusão que poderia fazê-lo facilmente. A melhor resolução: eliminar metade! Excluir aqueles que me incomodam nos dias de muito sol, excluir os que me aborrecem quando chove imenso e não posso ficar na cama o dia inteiro, excluir os que atrapalham quando estou sozinha em casa e acabou o papel. Depois destes pequenos irem embora, passamos aos intermédios, estes acabam por implicar afastar pessoas que só se lembram de nós quando precisam. Estes parasitas que aproveitam a minha boa vontade, é nestas alturas que praguejo contra o dia em que me foi incutida a bondade. Tais sanguessugas que batem sempre à porta na pior das alturas, acabando por me arrastar um bocadinho com os problemas deles, que não passam de trivialidades. Claro está, só conseguiria fazer isto num dia em que não estivesse muito sol, teria que estar a chover, e eu poderia passar o dia na cama. Depois sobram os problemas grandes. Estes teriam que ser sujeitos a um método extraordinário de compactação, e enfiá-los-ia com muita determinação dentro do bolsinho. Excluí-los? Não é uma alternativa. Os problemas que não nos deixam dormir, os que se tornaram tão pesados que acabaram por formar monstros debaixo da cama, não são excluídos! São encarados. Só espero o dia em que tenha tomado as vitaminas das letras todas do alfabeto, e me sinta apta para o fazer! Aí sim, já não preciso de uma carteira com um bolsinho para os problemas, posso usa-lo para os cookies por exemplo…
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