Hoje passei o dia enfiada na cama com dores de cabeça e vómitos até sei lá onde, acabei de sair de lá agora, porque já não tinha posição para estar e vim ler as preciosidades que as bloggers nacionais escreveram sobre a Gala da Industria da Moda no MET. Epa... Eu não tenho por hábito vir aqui comentar o que se costuma dizer por esses bairros "a fora" MAS chego à conclusão que há por aí gente muito mais amargurada com a vida do que eu. Sim, havia verdadeiras atrocidades que faziam doer os olhos, MAS not a single fuck was given! Porque o que aquelas pessoas estavam ali a fazer era mostrar os extremos, os máximos da criatividade para melhor ou para pior. Pouco se importavam que se gostasse ou não, mas acredito verdadeiramente que aquelas experiências criativas são necessárias e mais do que isso são interessantes. A eles é permitido. A nós também, com a ressalva que temos que ter "backbone" para ouvir as críticas, algo que aos criadores de moda já possuem faz tempo. São as críticas que “alimentam” o artista e que o ajudará a orientar o seu trabalho (ou então nada disso). Mas o importante é que se faça destas coisas. Eu ainda gostava de ver o que é que as bloggers que tão mal do mundo da moda (e nem estou a falar das ditas style bloggers) vestem no dia-a-dia. Ou melhor, o que vestem nas situações de festa. That’s when the real monsters come out.
Saliente-se que eu não percebo nada de moda e só estou aqui a dar a minha opinião, tal qual os outros blogs o fazem. Também não tenho um style blog. Nem tenho por hábito publicar fotos do que visto (a não ser no tumblr, de vez em quando, mas não faço disso tema). E para além disso, as minhas experiências com a moda circulam à volta do que melhor consigo fazer de combinações (ou deva dizer coordenados) entre o que se vende na Zara e na H&M.
O que me chateia, se é que se pode chamar a isto chatear, é que para além de lhes faltar a componente académica para tecerem comentários depreciativos sobre o que se faz no mundo da moda (o verdadeiro, aquele que sai nas páginas da Vogue, aquele que preenche museus, aquele que é considerado arte) também não compensam com uma componente empirista. Bem às tantas até têm um estilo pessoal fantástico. MAS custa-me ler ataques destes a algo “artístico”. Não estamos propriamente a falar de miúdas de style blogs que vão experimentando umas coisas aqui e ali, mas estamos a falar de casas de alta-costura que produzem verdadeiras obras de arte que levam meses entre o processo criativo e a materialização, com tudo que isto implica que é o conceito, a ideia, a idealização e finalmente a concretização. Isto é arte, não é uma futilidade. A diferença entre uma peça Dior e um Monet, e é que um vem sob a forma de algo que se pode usar adornar o corpo e a outra adorna a parede.
Pronto era só isto.
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