Só hoje me sentei e comecei a desfolhar os panfletos, as brochuras, a separar os bilhetes das entradas nos vários monumentos. Uma viagem que foi marcada num abrir e fechar de olhos, que nos levou até uma das capitais mais belas do mundo, Paris (de França como a Patry nos habituou a chamar-lhe).
Dia 1 (Quarta-feira 8.7.09)
Num voo low cost da easy jet que embarcamos no aeroporto Sá Carneiro, levou-nos cerca de hora e meia até ao Charles de Gaulle. Onde fomos recebidos com sorrisos e chuva miudinha. Uma hora de diferença (que veio provocar atrasos a quem não quis mudar a hora do telemóvel), e um entardecer na estrada até um jantar nos Campos Elísios. Passeios enormes, que em muito me recordam os passeios londrinos, povoados de turistas (topam-se pelas máquinas fotográficas em punho) e parisienses multiculturais. Uma tela variadíssima de povos que se concentram numa cidade que alberga 12 milhões de habitantes. Depois de jantar num fast-food, percorremos a rua que era rematada pelo Arco do Triunfo. Lojas de variadíssimas marcas, vendedores de souvenirs asiáticos, esplanadas que se estendem até à estrada, onde os empregados de mesa são obrigados a uma mestria de equilíbrio para se desviarem dos peões enquanto chegam às mesas com as bandejas carregadas de cheiros e sabores. E por fim, uma rua cheia de luzes e sons, e quase que te esqueces da estrada de 8 faixas que a atravessa despreocupadamente. Finalmente em casa, juntamos duas camas single, e dormimos a primeira noite, já com planos do dia que se seguia.
Dia 2 (Quinta-feira 9.7.09)
Os jardins de Versalhes acolherem-nos numa manhã encoberta, o sol espreitava de vez em quando para projectar sombras nos corredores naturais verdes. No meio de tantas fontes, de tantas esculturas, caminhos cruzados, no primeiro dia só conseguimos ver metade do complexo, deixando a outra metade do jardim, e o palácio para o dia seguinte. Ah, e vimos também umas plantas curiosas que eram peludas!
Dia 3 (Sexta-feira 10.7.09)
Voltamos a Versalhes, percorremos o resto dos jardins, e passeamos o palácio de lés a lés. Numa mistura de sentimentos, primeiro de fascínio, e depois de consternação, ali estava espelhado o poderio da realeza que, em pólo oposto espelhava igualmente a miséria de um povo faminto. Voltar a casa mais cedo, descansar as pernas, e sentir a frustração de fazer zapping num televisão em que até o CSI é dobrado.
Dia 4 (Sábado 11.7.09)
De volta a Paris. Passeios de metro até ao Louvre, cuja estação é sob o museu. Uma pirêmide invertida, uma pirâmide “direita”, centenas de obras de arte, múmias, a Mona Lisa, Delacroix, Da Vinci, e, do pouco que conseguimos ver, The Victory of Samothrace, a estátua que mais me impressionou no museu. Por ver ficaram os desenhos de Da Vinci. Fica para uma próxima. Aproveita-se o dinheiro que não se pagou de entrada para comprar um guia do museu.
Na rua, descemos o Jardin des Tuileries, até à Place de la Concorde que se preparava para as festividades do 14 de Julho. E de novo nos Champs-Élysées. Grand Palais à nossa esquerda, uma dor insuportável de pés, e agora uma ronda às lojas. Montras deliciosas e coloridas. Louis Vuitton, Mercedes, Cartier, e finalmente as escadas para descer, e voltar a subir no Arc de Triomphe. Mal adivinhava eu, que depois de uma espera quente num corredor subterrâneo, iria subir muitas dezenas de escadas até chegar ao topo de um marco das conquistas francesas, e até conseguir uma vista panorâmica da cidade. Quase 300 degraus depois, chegamos, sem ar, ao cimo do arco, valeu a pena, pela vista que se obteve, valeu bem a pena. Descer, metro até La Défense, e novamente um arco, este mais contemporâneo, mas mais majestoso e imponente, rodeado de edifícios de negócios.
Dia 5 (Domingo 12.7.09)
Explorar a Cité dês Sciences et de l’Industrie no parc Villette. Um domingo rodeado de experiências, conhecimento, estrelas, baleias, e até um submarino. À noite um fondue e muitos molhos a acompanhar. Eram sempre os jantares que nos faziam respirar de alívio depois de um dia de sandes.
Dia 6 (Segunda-feira 13.7.09)
Rumo a Montmartre, subir do metro e a primeira coisa que vimos é o cabaret mais famigerado do mundo, nem que não fosse graças ao filme protagonizado por Nicole Kidman e Ewan Macgregor, Moulin Rouge. Um passeio pela zona e descobrimos o Café les Deux Moulins, ou para os mais distraídos, o café da Amélie. Apesar da desilusão do café já não manter o aspecto pelo qual se tornou conhecido no filme, agora apresentar uns rosas e cinzas, e estar praticamente irreconhecível, os desconhecidos só o identificariam graças ao poster e à cara da protagonista nos menus. Almoço no MacDonalds (este pelo menos é sempre fiel), e depois uma subida até ao Sacré-Coeur, subindo no funicular, para mais uma vez contemplar um vista sobre a cidade. Ficando esta igreja na lista das mais belas. Depois uma caminhada até ao espaço dos artistas, e ao Place du Tertre. O primeiro crepe com Nutella (ai os crepes com nutella…) e depois um passeio no meio dos pintores, dos caricaturistas, dos artistas, chegando ao Espace Dalí, para uma esfrega de surrealismo. Uma visão do artista sobre Alice no País das Maravilhas e sobre o Dom Quixote. Descendo até à avenida, já não chegavam os dedos das mãos para contar as sex shops, e as casas das meninas marotas.
Dia 7 (Terça-Feira 14.7.09)
Dia da Bastilha, feriado nacional, e dia de encerramento do Centre Georges Pompidou. Não deixamos de deambular pelas ruas que o circundam, pelas demonstrações artísticas que ali se fazem sentir, mesmo estando o museu dos canos coloridos fechado. Uma ida até ao Cimetrière du Père–Lachaise, visitar a campa do Lizzard King (Jim Morrison), Oscar Wilde, e fomos perseguidos pelo homem do sininho que anunciava impacientemente o encerramento do complexo. Por visitar ficaram Maira Callas, Chopin, Molière, Edith Piaf e mais uns quantos. Ainda com tempo que sobra, fomos, despreocupadamente até à Tour Eiffel, mal nós adivinhamos as festividades e as ruas cortadas e polvilhadas de francês e turistas, em festejos. Sem conseguir chegar à torre, partimos em direcção a Montmartre novamente. Tornou-se na localização preferida, e mais querida também. Aí jantamos e passeamos até escurecer, experimentando o que a noite boémia tinha para oferecer.
Dia 8 (Quarta-feira 15.7.09)
Quartier Latin, o instituto do Mundo Árabe de Jean Nouvel, um edifício impressionante pelos painéis que separavam cada andar. Um passeio pelo Seine até Notre Dame. Impressionante pela dimensão, pelas gárgulas, e pelos vitrais. Metro até ao Panteão, o local de repouso Voltaire, Victor Hugo, Pierre e Marie Curie, Monge, Rousseau, e ainda o fantástico pêndulo de Faucault. Uma visita até à cúpula, mais uma panorâmica sobre Paris. À noite um piquenique sob a Tour Eiffel, mas ainda não era desta que entravamos. Vimos as luzes acender, vimos as luzes piscar, e depois fomos afugentados pela tempestade que se aproximou. Mais uma vez adiada a subida. Já começava a pensar que ia a Paris, e não ia subir a Tour, quase tão escandaloso como ir a Roma e não ver o Papa.
Dia 9 (Quinta-feira 16.7.09)
Acordar muito cedo, para chegar e abrir as portas do mundo mágico da Disney. Bolas… Para quem acha que a Disney é para crianças está muito enganado! Para além disso há ali montanhas russas que as crianças ainda não têm altura para andar! Um dia mágico, num mundo que se destaca pela cor, pelo detalhe, pela animação, que até o mais céptico e carrancudo dos duendes da Branca de Neve não pode se não encarar com um sorriso. De orelhas da Minnie em riste, andamos em tudo, vimos tudo, e chagamos ao fim do dia com pena de que tenha acabado.
Dia 10 (Sexta-feira 17.7.09)
Dormir até aos corpos nos expulsarem da cama, para pudermos viajar de novo até à Disney, desta vez à Village para fazer as compras que ficaram em falta. Depois novamente até Montmartre para passear até à hora do jantar.
Dia 11 (Sábado 18.7.09)
Era hoje, finalmente. No metro descemos a passos da Tour Eiffel, fintamos as longas filas de espera, optando por subir pelas escadas até ao segundo andar, e depois apanhar o elevador que nos levava até ao ponto mais alto de Paris. Um vento bem desconfortável, que no cimo se fazia sentir com mais violência, não nos impediu de conseguir uma vista panorâmica e clara sobre a cidade dos artistas, dos poetas e dos românticos. Descer foi bem mais fácil, almoço no sítio do costume, e depois até às Galerias Lafayete, para, como a Patry disse tão bem, deprimir… Meus amigos… Apesar de nos termos mantido no rés do chão, só ali já deu para contemplar o mundo de capitalismo, de riqueza, de sacos gigantes da Louis Vuitton, carteiras e mais carteiras de todas as marcas e mais algumas, e depois um cúpula forrada de varandas e vitrais suberbos. Um salto de novo para a realidade, e uns passos até à Ópera. Grandiosa e esplêndida.
Dia 12 (Domingo 19.7.09)
Viagem de volta a terras lusa. Na bagagem recordações, sorrisos e risadas. Várias fotos tiradas a turistas. Crepes com nutella. Cores e sabores. Milhares de pessoas. Beijos. Dezenas de horas de metro. Experiências novas.
Uma viagem a repetir, para visitar tudo que ficou para trás, esquecido, ou por falta de tempo.
Dia 1 (Quarta-feira 8.7.09)
Num voo low cost da easy jet que embarcamos no aeroporto Sá Carneiro, levou-nos cerca de hora e meia até ao Charles de Gaulle. Onde fomos recebidos com sorrisos e chuva miudinha. Uma hora de diferença (que veio provocar atrasos a quem não quis mudar a hora do telemóvel), e um entardecer na estrada até um jantar nos Campos Elísios. Passeios enormes, que em muito me recordam os passeios londrinos, povoados de turistas (topam-se pelas máquinas fotográficas em punho) e parisienses multiculturais. Uma tela variadíssima de povos que se concentram numa cidade que alberga 12 milhões de habitantes. Depois de jantar num fast-food, percorremos a rua que era rematada pelo Arco do Triunfo. Lojas de variadíssimas marcas, vendedores de souvenirs asiáticos, esplanadas que se estendem até à estrada, onde os empregados de mesa são obrigados a uma mestria de equilíbrio para se desviarem dos peões enquanto chegam às mesas com as bandejas carregadas de cheiros e sabores. E por fim, uma rua cheia de luzes e sons, e quase que te esqueces da estrada de 8 faixas que a atravessa despreocupadamente. Finalmente em casa, juntamos duas camas single, e dormimos a primeira noite, já com planos do dia que se seguia.
Dia 2 (Quinta-feira 9.7.09)

Dia 3 (Sexta-feira 10.7.09)

Dia 4 (Sábado 11.7.09)


Dia 5 (Domingo 12.7.09)

Dia 6 (Segunda-feira 13.7.09)

Dia 7 (Terça-Feira 14.7.09)

Dia 8 (Quarta-feira 15.7.09)

Dia 9 (Quinta-feira 16.7.09)

Dia 10 (Sexta-feira 17.7.09)
Dormir até aos corpos nos expulsarem da cama, para pudermos viajar de novo até à Disney, desta vez à Village para fazer as compras que ficaram em falta. Depois novamente até Montmartre para passear até à hora do jantar.
Dia 11 (Sábado 18.7.09)

Dia 12 (Domingo 19.7.09)
Viagem de volta a terras lusa. Na bagagem recordações, sorrisos e risadas. Várias fotos tiradas a turistas. Crepes com nutella. Cores e sabores. Milhares de pessoas. Beijos. Dezenas de horas de metro. Experiências novas.
Uma viagem a repetir, para visitar tudo que ficou para trás, esquecido, ou por falta de tempo.
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