segunda-feira, agosto 18, 2008

Please press repeat


Não consegues conceber um mundo com amor, nada é altruísta, nada se assume por aquilo que é… Tens de atribuir um significado a tudo!

Entras

Abraças

Levas tudo

E

Sais…

Arrastas-me atrás de tudo aquilo que és, e, depois, como que armado com um par de tesouras, cortas a linha ténue que nos liga

Snip

Acabou

Até mais tarde recomeçar

E eu? Eu continuo sentada no parapeito da janela aberta, a deixar entrar o vento que me arrepia e que leva o cheiro do teu corpo do meu.

O odor que deixaste embebido em mim

O teu perfume que eu aspiro cada vez que chegas perto de mim, que tocas com a tua pele na minha…

Mas a brisa fresca da noite vai levar tudo!

Só para que da próxima vez, possa em mim plantar tudo de novo, recomeçar

É o começo que nos atrai. Assim que começamos a ficar confortáveis, algo arranjamos para destruir… Uma frase mal interpretada, uma mensagem lida na diagonal, um olhar brusco ou um simples beijo que não foi dado…


E agora, quando vamos renascer de novo?

8 comentários:

Anónimo disse...

para algo renascer... tem de primeiro nascer!

Rosa Negra disse...

Porque será que os mais belos textos são arrancados às mágoas dos corações partidos?

Silvia disse...

Ou então recomeçar, o que lhe queiras chamar...

Silvia disse...

não diria belos, mas sinceros pelo menos...

Rosa Negra disse...

É isso que os torna belos: a sinceridade, o baixar a máscara e deixar cair as defesas. Mostrar a alma nua.

Silvia disse...

Aquilo que a exposição nos trás nem sempre compensa...

Rosa Negra disse...

Mas alivia...

Silvia disse...

Hmmm... Será o alívio que a escrita me confere, a razão dos meus textos? Sinceramente ainda não tinha analisado dessa forma...