quarta-feira, abril 09, 2008

Estás aí?


Estás aí? Pergunto sempre antes de te importunar. Quando não estás olho para o relógio que adorna o meu pulso, antecipando a tua chegada. Estás aí? Procuro sempre saber quando quero tocar à tua campainha antes de entrar. Estás aí? Fico com vontade de saber quando me abres a porta e me deixas invadir o teu espaço. Estás aí? Acabas por me dizer que sim. Que estás sempre aí. Os teus olhos tocam levemente na pele que me cobre o ombro desnudado, por o saco que carrego fazer escorregar a manga. Mas não tocas. Olhas de relance para o meu pescoço e antecipas que mais se esconderá por baixo do tecido que me resguarda o corpo. Não foi assim que aconteceu? Esperava que tu me dissesses por onde é que o teu olhar tinha passeado. Mas tu continuas reservado. Sempre receoso de dar mais um passo. Começas a falar comigo, como eu adoro a forma doce com que me falas. A tua voz entra tal qual uma valsa. As duas acabam por fazer o par perfeito numa dança ritmada. Ousas tocar ao de leve na minha mão que leva a que um tremor percorra as minhas costas e deixe borboletas alojadas na minha barriga. Não deste conta… Nunca dás conta destas pequenas coisas. Tanta pequena coisa ao qual tens receio de reagir… Tanta coisa que mexia comigo e eu esperava que tivesse o mesmo efeito em ti… Vim-me embora com a sensação que ias partir de inquietação. Deixei as borboletas lá. Não quero trazê-las comigo. Eventualmente pode ser que estejam lá se eu voltar, adormecidas à espera de serem reavivadas. Tenho uma certa curiosidade em saber como seria… Eventualmente…

1 comentário:

Demian disse...

Duas canecas de cerveja meadas de leite, lado a lado a assistir à alvorada. Dificilmente poderia imaginar algo mais romântico que isto, amazing. xD ;)

Bjinho